2010/05/07

ABORTO

Slogans like ‘Don’t like abortions? Don’t have one!’ are as immoral as ‘Don’t like slavery? Don’t own slaves!’
(Slogans como “Não gostas do aborto? Não o faças!” são tão imorais como “Não gostas da escravatura? Não compres escravos!”)

Usando ainda a ideia desta frase, quero começar por relembrar que – como alguém disse – nas questões de consciência, a lei da maioria não conta. A escravatura não é mais aceitável quando a maioria das pessoas não acha errado ter escravos e tratar seres humanos como animais, e o aborto não passa a ser moral quando toda a gente diz que abortar não é grave.

Devemos repousar sobre um relativismo que diz que a verdade em relação à moral se baseia simplesmente nas crenças da sociedade em que vivemos? E a consciência? Devemos, então, entender que antes da abolição a escravatura era justa, e depois passou a ser injusta?
As decisões morais não podem ser tomadas assim.

Vou procurar dar resposta a algumas questões sobre este assunto com uma série de posts:

- Abortar é matar um ser humano ou não?

-
Não é melhor que nem nasça? 1

- Não é melhor que nem nasça? 2


- O aborto e situações limite

2 comentários:

  1. Olá,

    O aborto infelizmente pode ser usado como meio contraceptivo. Acho isso aberrante. Contudo, se uma criança vai nascer com uma alteração genética grave (cancro infantil mortal ou uma outra doença grave) será melhor que não nasça pois vai sofrer e fazer sofrer. Quem não acha isso comece a pensar em suportar todos os custos dessa criança. Tanto custos de tempo como custos financeiros e materiais.

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  2. Olá Dario!

    A questão que pões é de facto pertinente, e inevitavelmente será debatida num destes próximos posts que anunciei.
    Contudo, o que adianto desde já é que isso não diz nada sobre a validade moral do aborto.

    Reconheço que estas situações são muito difíceis, mas matar é matar. Achamos errado matar uma criança recém-nascida que tenha esses mesmos problemas, mas se ela ainda estiver no ventre da mãe não faz mal. Quem marca o limite?

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