Nos 10 mandamentos do antigo testamento podemos ler ‘não cometerás adultério’. Contudo, Jesus disse que qualquer homem que olhar para uma mulher e a desejar, já cometeu adultério com ela(1) (claro que o inverso é válido: a mulher que olhar para um homem e o cobiçar, já cometeu adultério no seu coração).
E foi este mesmo Jesus que foi chamado a julgar uma adúltera apanhada em flagrante.(2) Colocaram-na na frente dele e disseram: “A lei diz que ela deve ser apedrejada. E tu, o que dizes?”
Jesus podia ter sido o primeiro a atirar a pedra – Ele era justo, Ele nunca pecou. Podia alegar que o exemplo tinha que ser dado para que outras mulheres não fizessem o mesmo que ela... Mas – inesperadamente, para eles – o que Ele disse foi que se algum daqueles que a tinham trazido estivesse sem pecado, que atirasse a primeira pedra.
Os homens começaram a retirar-se, do primeiro ao último, até que só sobrou Jesus e a mulher:
- Onde estão eles? Ninguém te condenou?
- Ninguém, Senhor...
- Eu também não te condeno. Vai e abandona a tua vida de pecado.
Era dele que os próprios inimigos diziam: “Nunca ninguém falou como este homem”(3)
E Jesus é, de facto, um homem admirável. Mas, como dizia CS Lewis, reconhecê-lo única e simplesmente como um grande mestre de moral torna-se até ridículo, porque também foi Ele que disse:
“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente”(4)Alguém que dissesse as coisas que Jesus disse e não fosse mesmo Deus, não era um grande professor moral; não tinha credibilidade, era “como o homem que diz que é um ovo cozido”. Não há como aceitar as suas lições morais ignorando o resto.
Aceita o que Ele é.
1- Mateus 5:27,28; 2- Ler João 8:3-11; 3- João 7:46; 4- João 11.25
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